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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Beijo gay causa polêmica

Funcionários de escola particular da AsaNorte são acusados de repreender aluno do lado defora do estabelecimento, e caso movimenta as redes sociais. Especialistas alertam que falta preparo para as instituições de ensino nessas questões


RAFAEL CAMPOS - LUIZ CALCAGNO - THIAGO SOARES  09/09/2016

A mobilização de alunos de um colégio particular da Asa Norte contra uma possível repressão a um beijo gay movimentou a internet. Segundo os relatos, um estudante foi flagrado, do lado de fora do prédio, beijando o namorado, que não estuda no local. Uma mãe teria visto e reclamado com funcionários da escola, que recriminaram o estudante. As postagens ainda diziam que a direção entrou em contato com os pais para relatar o envolvimento. O centro de ensino negou que tenha cometido qualquer ato de ofensa contra o casal ou ligado para os responsáveis. Especialistas acreditam que os centros de ensino não estão preparados para lidar com o assunto orientação sexual.




O caso aconteceu na última quinta-feira. Em seguida, a postagem ganhou visibilidade e diversos comentários, até do colégio. Segundo os relatos, o garoto chorou no intervalo, após o incidente.

“E não é a primeira vez que soubemos de casos como esse na escola”, reclamou um internauta. O Correio conversou com uma amiga do rapaz, que confirmou a repreensão contra o jovem, assim como também a ameaça de que os pais seriam informados. “Eles (os funcionários) falaram que manchava a imagem da escola”, revela.

Na internet, os estudantes questionaram a instituição. “Ligar para os pais de um aluno informando que ele estava se relacionando com alguém do mesmo sexo é extremamente antiético”, postou um garoto. Outros comentaram que a proibição nunca se estendeu a casais heterossexuais. Além disso, destacaram, a escola não teria gerência sobre casos que acontecem do lado de fora.

Em nota, a instituição reforçou que segue procedimento para lidar com qualquer tipo de relacionamento afetivo entre alunos. No texto, o centro de ensino alega que “acredita na importância da liberdade de expressão. O colégio esclarece que tem um procedimento padrão quanto a relacionamentos afetivos de seus alunos, ao longo dos seus 32 anos. Reforçamos, ainda, que tal procedimento é seguido, da mesma forma, independentemente do gênero do relacionamento. A instituição repudia qualquer tipo de discriminação e reforça que a missão é, e continuará sendo, focada na formação dos alunos.”

Exposição

A especialista em psicologia escolar da Universidade de Brasília (UnB) Tatiana Lionço acredita que a repercussão pública do caso pode interferir no desenvolvimento do adolescente. “Tudo dependerá do modo como os envolvidos passem a tratar a questão. É importante aproveitar esse momento para afirmar o reconhecimento da legitimidade do afeto homossexual e a recusa do preconceito e da discriminação”, afirma. A especialista considera também que, nesse momento, colegas de escola devem aproveitar o momento para valorizar a diversidade, “reafirmar igualdade de direitos e demandar da escola o cumprimento do tema transversal, orientação sexual.”


O presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino (Aspa-DF), Luis Claudio Megiorin, acredita que os colégios não estão preparados quando o assunto é diversidade sexual. “A situação que se tornou um constrangimento para o aluno poderia ter sido evitada. Isso mostra que a escola não tem diálogo com os estudantes nem discernimento para lidar com essas questões. Ela pode, por exemplo, desenvolver normas, como evitar o contato físico entre casais no ambiente escolar, mas isso tem de ser com igualdade, não pode ocorrer discriminação. Esse aluno pode ficar marcado. Cabe aos pais chamar e orientar o jovem para não se expor. Isso independente da orientação sexual. É dever da escola preservar a dignidade do aluno e não expô-lo”, argumentou.

Fonte: CLIQUE>

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