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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES DO DF NÃO SAEM BEM NO IDEB!

O Ministro de Educação, Mendonça Filho, afirmou nesta quinta-feira a necessidade de mudança no currículo do Ensino Médio, ao comentar o fiasco nos índices do Ideb. “Infelizmente, o Brasil está mal. Não é algo que a gente possa celebrar. Estamos muito distantes da educação de qualidade", admitiu Mendonça Filho, salientando que irá reforçar junto ao Congresso Nacional a aprovação de um projeto de lei que prevê uma reformulação do currículo do Ensino Médio.”

Sim, o Ensino Médio continua sendo um dos gargalos de nossa educação, segundo os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015, divulgados nesta quinta-feira pelo INEP. Entretanto, a sua reformulação não será a panaceia para a solução  dos vergonhosos índices apontados pelo INEP na educação básica.





O Ensino Médio é ruim porque o ensino básico também é, como aponta a pesquisa. Como esperar um bom desempenho dos estudantes se as escolas públicas, e boa parte das particulares, não formam bem os alunos no fundamental, principalmente em português e matemática?

A reformulação do Ensino Médio é premente, pois não dá para esperar um excelente desempenho de todos os alunos em todas as cerca de 19 matérias! Mas é preciso se ter em mente que, antes de diminuir as matérias do EM, é preciso investir pesadamente em cursos técnicos, pois o funil das faculdades se estreitará ainda mais. Até o momento, particularmente, não ouvi de nenhuma universidade que, em contrapartida, abaixará o nível de exigência para ingresso no ensino superior.

“O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador de desempenho da educação brasileira divulgado a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC). O Ideb relaciona duas dimensões: o desempenho dos estudantes em avaliações de larga escala e a taxa aprovação. O desempenho é calculado a partir da Prova Brasil/Saeb, quando os estudantes do 5º e do 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino médio são avaliados em Leitura e Matemática. Os dados de aprovação são verificados a partir do Censo Escolar da educação Básico, realizado anualmente. O Ideb é calculado para escolas e para sistemas de ensino que monitoram o seu desempenho em relação a metas individuais pactuadas com o governo federal. O índice varia de 0 a 10: quanto maior for o desempenho dos alunos e o número de alunos promovidos, maior será o Ideb.”

Infelizmente, nenhuma escola pública do DF figura na lista dos DESTAQUES NACIONAIS das melhores escolas do Brasil. No DF, os índices das escolas públicas em 2015: 5º ano 5.6 mesmo índice de 2013 e  5.4 respectivamente 2011 e 2009. 9º ano 4.0 em 2015, 3.9 em 2013, 2011 e 2009.

Já as escolas privadas do DF também não se saíram bem. Ficaram na média de 7.1 no 5º ano, 6.0  no 9º ano e 5.6 no 3º ano do Ensino Medio. Isso mostra que estamos muito aquém, no setor privado, dos destaques nacionais de escolas públicas alcançados em 2015, cuja pontuação chegou a 9,8 na Escola da Rede municipal, Emilio Sendim - Sobral/CE.

Detalhe a ser notado é que na rede pública a coleta de dados realizada através da Prova Brasil e feita censitariamente (todos os alunos nos finais dos 5ºs e 9ºs anos do Fundamental e dos 3ºs anos do Ensino Médio participam da prova). Já na rede privada, a prova é feita por amostragem, o que pode esconder dados ainda mais relevantes. Em outras palavras, há maior transparência no Setor Público e muito menos no Setor Privado, ou seja, os pais das escolas privadas estão investindo no escuro.

Por outro lado, não basta matricular os filhos em uma escola privada e achar que o ensino é bem melhor. Das 473 escolas particulares registradas na SEDF, somente cerca de 20 delas são escolas de médio e grande porte e com qualidade de média para muito boa, entretanto, faltam-nos dados para uma avaliação melhor.

Em 2011, fomos até o INEP pedir que a Prova Brasil fosse estendida aos alunos das escolas privadas de forma censitária e não por amostragem, mas, 5 anos após, ainda estamos na mesma, sem nenhuma  resposta do INEP. Agora com o orçamento apertado, dificilmente a prova será aplicada aos alunos da rede privada, muito embora entenda que seja interesse do INEP ampliar a transparência.  


Se no setor da educação pública temos desafios pela frente, no privado os dados sugerem também haver desafios para que a rede siga avançando nas próximas edições do Ideb, essa foi a conclusão do Resumo Tecnico, pg. 46 e 47. Assim, entendemos que nosso foco deve ser na melhoria da qualidade do ensino público, pois quando esse melhorar sua qualidade puxará para cima a qualidade das escolas particulares como um todo. 

Luis Claudio Megiorin, Presidente da Aspa-DF e Conselheiro no Conselho de Educação do DF - CEDF

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