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sábado, 6 de setembro de 2014

IDEB - FIASCO NA ESCOLA PÚBLICA E NA PRIVADA

IDEB - FIASCO NA ESCOLA PÚBLICA E NA PRIVADA
Correio Braziliense

O Correio Brasiliense e o Jornal de Brasília trazem hoje uma análise da situação. Nenhuma novidade quanto ao fato de que o Brasil não atingiu as metas para o IDEB  - Índice do Desenvolvimento da Educação Básica, em 2013 no ensino público e no privado. O pior de tudo é que não existe escapatória para os pais de alunos (mantenedores dos dois sistemas de ensino), pois o ensino privado também segue no mesmo diapasão.

Segundo dados do MEC, as metas somente foram superadas no ensino fundamental I (1º ao 5º ano). Vejamos:

Meta Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) – 4,9  - nota alcançada: 5,2
Meta Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) – 4,4  - nota alcançada: 4,2
Meta Ensino Médio – 3,9  - nota alcançada: 3,7

O problema maior encontra-se no Ensino Médio, em que as notas do IDEB caíram em 16 redes públicas estaduais de 2011 para 2013, como no caso do DF.  O Ministro da Educação justifica que o ensino médio tem uma gestão mais complexa, com necessidade de se lidar com mais professores e uma grade curricular maior, além da questão de formação desses professores.

Para o professor da Faculdade de Educação da UnB, Luiz Araújo, o ensino médio vive uma crise existencial, pois as escolas não sabem se preparam os alunos para a faculdade ou para a profissão.

Quanto ao ensino privado, de igual modo, as metas também não foram alcançadas em nenhum segmento, como se vê dos seguintes índices:

Meta Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) – 6,8  - nota alcançada: 6,7
Meta Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) – 6,5  - nota alcançada: 5,9
Meta Ensino Médio –6,0  - nota alcançada: 5,4


Interessante lembrar que, quando interessa ao governo, o ensino privado é bem lembrado, mas em outras questões ele é esquecido, a exemplo de que as avaliações feitas nas escolas privadas são por amostragem! Ora, assim os pais que bancam duas vezes com os custos da educação  (pública e privada)  continuam a investir no escuro!
Ante o pífio desempenho também do setor privado, não tem como ser diferente, pois a escola privada é reflexo de um ensino público falido. Mesmo assim, registrou um aumento, segundo o último censo, de matrículas de alunos oriundos da escola pública.
Assim, qualquer coisa é melhor, mas, no final das contas, os resultados na formação dos alunos não têm, em grande parte, diferenças substanciais.

No Distrito Federal, embora tenha apresentado melhora, ainda está abaixo do ideal. Somente alcançou a meta estabelecida para os anos iniciais do ensino fundamental (o resultado foi de 5,6 e a meta era de 5,5). Algumas escolas ajudaram a elevar a média do DF, como o Colégio Militar Dom Pedro II e o Colégio Militar de Brasília.

O DF, apesar de ser privilegiado em termos território e de baixo número populacional, o desempenho foi vexatório, pois amarga a 12ª colocação no ranking entre unidades da federação, ficando atrás do RJ que pulou da 15ª para a 4ª colocação!

Mas todo esse fraco desempenho é também reflexo do descompromisso de sucessivos governos com a educação. Não por acaso tivemos no governo atual 3 secretários de educação em apenas 3 anos. É a pasta mais volátil e instável. Isso mostra o quanto a questão é complexa na unidade da federação com o maior número proporcional de privatização do ensino (já estamos na marca de 40%). São 656 escolas públicas contra 482 particulares.

Para o professor Remi Castioni, pesquisador da Faculdade de Educação da UnB, o problema maior está no ensino médio e, para ele, é crônico. Além disso, os anos finais do fundamental começaram a apresentar os mesmos problemas do ensino médico, pois os alunos passaram a ter mais conteúdo por disciplina, troca de escola e nesse período a evasão aumenta. Segundo ele, a escola precisa ser mais atrativa, tanto para o professor como para o aluno.

Fazendo um paralelo, quando meus filhos atingem notas baixas, como a alcançada pelo DF (5,6), não fico feliz e a conversa é dura. Sentamos com eles e diagnosticamos os problemas, traçamos estratégias e metas para as próximas provas, pois sabemos do potencial deles. Sempre dá certo. Mas o que não se pode fazer é se conformar com resultados muito abaixo do esperado.

INVESTIDORES E RANKINGS

Antes de qualquer crítica por parte de educadores quanto às avaliações e ranqueamentos que ruborizam governo e donos de escolas, é bom que se tenha em mente que os investidores, pais de alunos/contribuintes, são loucos por rankings. Gráficos, diagnósticos, estratégia e metas nos interessam e muito. Isso é mais que natural e é o óbvio ululante, pois estamos falando de investimento não só de dinheiro, mas de sonhos e planos para o futuro de nossos filhos.

Infelizmente, a Prova Brasil (Saeb) é feita por amostragem nas escolas privadas e não censitária, como na escola pública. Isso acende uma luz de alerta para os pais de alunos, pois o fato da escola ser privada não traz a segurança e a certeza de uma melhor educação. Isso está provado através desses dados divulgados.

Assim, a imensa maioria dos pais estão investindo no escuro, sem saber se as escolas reúnem condições de dar uma educação mínima de qualidade no final do ensino médio. Em 2011 estivemos no INEP para pedir que essa avaliação fosse estendida censitariamente às escolas privadas, mas jamais recebemos uma resposta.

Nossa tarefa, enquanto representantes de pais de alunos, é conscientizar a todos que devemos lutar por uma escola pública de qualidade atrativa a todas as classes sociais, como ocorre nos países de primeiro mundo. Isso servirá para as gerações futuras, pois nossos netos ou bisnetos em algumas décadas poderão usufruir de um ensino sem ter que pagar duas vezes. Um indicativo de que a escola pública melhorou a qualidade é quando virmos a classe média lá dentro. Foi o que  falamos hoje ao Jornal de Brasília.

Luis Claudio Megiorin, advogado, presidente da ASPA

Membro dos Fóruns Nacional e Distrital de Educação 

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