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sexta-feira, 7 de abril de 2017

#BNCC

A BNCC E AS PRIMEIRAS IMPRESSÕES DOS DEFENSORES DO DIREITO À EDUCAÇÃO


Foto: Rafael Carvalho - MEC
Da esq. para a dir: Dr. Alexandre Veloso, Vice-Presidente da Comissão de Educação OAB-DF,
Secretário da Educação Básica Rossieli, Ministro Mendonça Filho e Luis Claudio Megiorin. 


Ontem, 06/04/2017, certamente foi um dia histórico para a educação brasileira, por ocasião da entrega ao Conselho Nacional de educação – CNE da Base Nacional Curricular Comum – BNCC. A expectativa era grande, por parte de nós, operadores do direito, pois o que queremos discutir não é a Base em si, mas a aplicabilidade dos direitos de aprendizagem por ela prometidos. O objetivo do MEC é que a Base organize a progressão da aprendizagem da educação básica, ajudando o trabalho dos professores e aproximando pais e responsáveis! A Base estabelece direitos e objetivos de aprendizagem, definindo, com clareza, o que se espera de todos os alunos aprendam na educação básica.

Entretanto, não somos ingênuos de pensar que tudo isso ocorrerá em um passe de mágica e que os sistemas de ensino estarão aptos a cumprirem com os novos parâmetros de ensino. A criação da BNCC estava prevista desde a Constituição de 1988, LDB de 1996 e Plano Nacional de Educação – PNE, 2014. Esperamos desafios enormes pela frente a partir da implantação da Base.

Assim, aguardamos a finalização dos trabalhos pelo CNE, bem como da parte ainda não entregue, a do Ensino Médio. Abaixo extraímos o que nos interessa a priori, como ponto de partida para a compreensão da parte que nos toca nesse debate:


MUDANÇA NA DATA LIMITE- ALFABETIZAÇÃO


Foto: Rafael Carvalho - MEC
Secretário de Educação do DF, Ministro da Educação Mendonça Filho e
Luis Claudio Megiorin
- A primeira e alvissareira notícia que a BNCC trouxe foi que ela acaba com o malfadado Programa, lançado em 2014 pelo Governo Federal, “Alfabetização na Idade Certa”, que era errada! Tal fato era amplamente criticado por especialistas e cientistas. O programa postergava criminosamente a alfabetização para o 3º ano do ensino fundamental ou 8 anos de idade. Isso, por si só, já demonstrava o pouco compromisso do governo e pouca ousadia. Agora, não é o ideal, mas já avançamos, retroagindo para que isso ocorra já no 2º ano ou aos 7 anos. Lembrando que nas melhores escolas privadas, as crianças já estão alfabetizadas aos seis anos, conforme preconiza a pesquisa científica da Academia Brasileira de Ciências – ABC, em seu estudo de 2010, O APRENDIZADO INFANTIL*.

COMPETÊNCIA X CONTEUDISMO


- O documento inclui 10 competências gerais da educação básica. Um grande desafio proposto pela Base está no fato de que a pretensão do documento é de que o aprendizado seja efetivo, sistemático e minucioso. Eis o grande desafio que se impõe, pois a efetividade desse objetivo esbarra na formação continuada dos professores, espaço e convivência na escola, o que agora será mandatório. A ideia de competência contrapõe-se ao conteudismo e decoreba. Lendo o documento, entendemos que será um desafio enorme para as escolas cumprirem e entregarem o que a Base propõe, pois por desenvolvimento de competência entende-se que deve haver recursos cognitivos para levar o aluno a raciocinar, comparar, analisar situações concretas e aplicar ao mundo real. Eis um grande desafio: ensinar a aprender e usar o conhecimento aprendido e não decorar e esquecer!

GARGALO - FORMAÇÃO DOS PROFESSORES


- O sucesso da Base esbarra na formação dos professores. Não existem bons professores dando sopa no mercado. Os melhores estão empregados e são muito bem cotados, até por outras escolas. Os olheiros estão por toda parte observando os profissionais mais bem preparados que jamais ficarão sem emprego. A formação continuada para interpretar a BNCC e a didática para satisfazer os ditames na Base e do currículo das escolas passam a ser mandatórias. Se os docentes querem ser valorizados, de agora em diante terão que se desdobrar em ensinar bem.

TRANSPARÊNCIA


- A Base traz mais transparência ao ensino. O que antes era ditado pelos livros didáticos, com ensinos díspares, agora terá o norte da BNCC. Hoje, pais de alunos buscam e trocam informações de pais de outras escolas para fazer comparações dos livros didáticos, de componentes curriculares e progresso do aprendizado de seus filhos. Agora, essa tarefa ficará mais “fácil” e objetiva.

DIREITO À EDUCAÇÃO


- A BNCC instrumentaliza o direito à educação. A Base dará subsídios para os usuários do sistema de ensino, de forma objetiva, cobrarem mais qualidade e resultados das escolas, o que não ocorre hoje.

ACOMPANHAMENTO DOS ESTUDOS DOS FILHOS


- Não se desespere se você não é daqueles que tem tempo, conhecimento e acompanha, passo a passo, o ensino dos filhos, através de análise do material didático, dos deveres de casa, das aulas dadas, das provas, testes e trabalhos. Agora os pais poderão terceirizar a análise aos profissionais da educação, tais como, professores, pedagogos e orientadores educacionais que analisarão os currículos das escolas. Esses profissionais serão demandados e estarão em alta. Um grande desafio para as escolas e seu corpo docente!

FRAGILIDADE DO ENSINO ATUAL


- Uma simples leitura da BNCC desnuda a fragilidade atual do ensino nas escolas. Toda matéria é dada de forma maçante e pouco produtiva sob o ponto de vista da aplicabilidade do conhecimento na prática.

BNCC NÃO É CURRÍCULO


- A BNCC não é um currículo e não engessa a autonomia das escolas, mas traça parâmetros mínimos de disseminação do ensino em diversos componentes curriculares, a fim de assegurar a igualdade e o direito da aprendizagem dos alunos das escolas públicas e privadas. Hoje existem muitas escolas privadas com qualidade duvidosa.

Luis Claudio Megiorin, Ilona Becskeházy, Colunista de
Educação da Rádio CBN e Maria Inês Fini, Presidente do INEP.
Por fim, particularmente, para nós, operadores do direito, e especialistas como Ilona Becskeházy, Colunista de Educação da CBN, Priscila Cruz, do Movimento Todos Pela Educação, dentre outros e para quem acompanha matérias sobre a educação, a BNCC é um prato cheio que nos instrumentaliza, de forma objetiva, a apontar se uma escola da rede de ensino pública ou particular cumpre ou não com o que promete aos seus usuários, educação efetiva e de qualidade.

Por LUIS CLAUDIO MEGIORIN, Presidente da ASPA-DF, Presidente da Comissão de Educação da OAB-DF e Membro do Conselho de Educação do Distrito Federal - CEDF


ACESSE A BNCC: https://goo.gl/ssAQ8m

Sobre a Data Limite e Aprendizado Infantil. https://goo.gl/Joo9KO

Alfabetização aos 6 anos: o que dizem as evidências: https://goo.gl/QTcxQ8


veja mais todos, por Rafael Carvalho - MEC https://goo.gl/BGCR0R

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