CORREIO BRAZILIENSE 05/10/2016 #ENEM 2015
EDUCAÇÃO /
Duas unidades do Colégio Olimpo e o Pódion aparecem entre os 100 melhores do
Brasil, segundo o Enem de 2015. Entre os públicos, o mais bem posicionado é o
Colégio Militar de Brasília.
ALESSANDRA AZEVEDO e PEDRO AZEVEDO SILVA (ESPECIAIS
PARA O CORREIO)
Três escolas particulares se destacaram entre
as 100 melhores do país nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de
2015. O Colégio Olimpo da Asa Sul registrou o melhor desempenho, além do
primeiro lugar na redação. A qualidade dos professores, a orientação
individualizada aos alunos e o espaço de estudos colaboram para a média de 734
pontos conquistada no último teste, segundo o diretor do centro de ensino,
Mateus Grangeiro. “O fato de sermos o número 1 no ranking também é um
diferencial, porque mostra a qualidade”, comenta. “Atraímos um perfil de alunos
que é muito dedicado. Não são pessoas necessariamente brilhantes. As qualidades
principais são foco e esforço”, completa a orientadora do colégio, Rívea
Fernandes.
Embora as aulas sejam durante a manhã, a
unidade da Asa Sul, que ficou na 11ª colocação nacional, fica aberta aos alunos
até as 23h. À tarde, há aulas extras, como de robótica e de redação, que Rívea
garante atraírem o interesse de muitos estudantes. “Faço 10 redações por mês
aqui, coisa que eu nunca faria em outro lugar. Acho essencial, porque, na hora
da prova, não dá tempo de fazer rascunho. Tem que ter treinado bem”, acredita
Mariana Moutinho, 16 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio na
instituição.
Do mesmo grupo, o Olimpo de Águas Claras,
inaugurado em 2013, ocupa a segunda posição do ranking, com média de 710
pontos. No ano anterior, o lugar havia sido ocupado pelo Ideal, que desceu para
a 19ª posição do DF em 2015 — a pontuação média caiu de 724,58 para 619 pontos.
Completa o trio de destaque nacional o Pódion,
que subiu uma posição em relação a 2014, mas manteve a média de 691 pontos. O
coordenador-geral da instituição, George Gonçalves, acredita que o ensino da
técnica de leitura de questões é primordial para manter o bom desempenho dos
alunos no Enem. “Ensinamos como ler as questões mais rápido e a entender o que
o examinador está cobrando, além de estratégias para fazer operações
matemáticas mais rapidamente”, explica.
O Galois também subiu um posto e passou a ocupar
o quarto lugar no ranking, com 671. Com médias semelhantes, de 666 pontos, o
Sigma da Asa Sul e o da Asa Norte ficaram na quinta e na sexta posições,
seguidos pelo Seriös — que não fazia parte das 10 melhores pontuações no ano
anterior.
Em oitavo e nono lugares ficaram as unidades
do Leonardo da Vinci da Asa Norte e de Taguatinga, ambas uma posição acima em
relação ao ranking de 2014. Fechando o top 10, entrou na lista o Colégio
Presbiteriano Mackenzie, que, no ano anterior, ficou na 17ª colocação. Na comparação
com 2014, saíram dos 10 mais bem posicionados do DF, além do Ideal, o Colégio
Marista João Paulo II (caiu de 6º para 18º) e do Colégio Alub (de 7º para 49º).
O destaque entre as escolas públicas foi o
Colégio Militar de Brasília, que, com média de 621 pontos, subiu da 24ª para a
17ª posição no ranking do DF. Em segundo lugar entre as públicas e em 21º na
lista do Distrito Federal, ficou o Colégio Militar Dom Pedro II, com nota média
de 612. O Centro de Ensino Médio Setor Leste completou o top 3 das públicas,
com 551 pontos.
CONTEÚDO
Para o presidente do Sindicato dos
Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF), Álvaro Domingues, a
predominância de colégios particulares na lista se deve à obrigação das
instituições de apresentarem uma boa gestão. “Se o pai percebe que a escola não
está oferecendo um bom resultado para o filho, ele vai trocá-lo. O privado tem a
obrigação de oferecer um serviço de excelência desde a hora que o aluno entra
na escola até a saída para o ensino superior”, comenta. Sobre a lista, Álvaro
destaca que ela não deve ser observada como um veredito, mas como um quadro.
“Obviamente, (o ranking) mostra dados importantes, mas são apenas uma média.
Por exemplo, se 700 alunos da escola ‘A’ se inscrevem para fazer a prova, ela
terá dificuldades de competir com a média da ‘B’, de 100 alunos”, relata.
Segundo o presidente da Associação de Pais e
Alunos das Instituições de Ensino do DF (AspaDF), Luis Claudio Megiorin, há
algumas características em comum entre as escolas mais bem classificadas. “As
matérias ministradas são as mesmas em todas as instituições, variando, às
vezes, apenas no aprofundamento do conteúdo. O que diferencia a classificação
de uma da outra é o foco e a disciplina apresentadas pelos estudantes. Existe
um tripé, com escola, aluno e pais. Não adianta uma boa estrutura e bons profissionais,
se, em casa, o jovem não é incentivado pelos familiares a se esforçar”, conta.
Veja mais sobre o Enem no Eu, Estudante: http://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/
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